quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Anônima, querida, esperada...

Onde estás?
Por onde andas?
O que fazes?
Que estranho sentimento
De anseio, de desejo
De solidão acompanhada
Existente por um desacompanhamento
Pois desacompanhado de teu afeto estou
Desacompanhado de ti estou
E você, tão querida e aguardada...
Quem és?
Será que lhe conheço?
Já nos vimos?
Ouvimos as vozes um do outro?
Que pressionante é
Viver em busca de ti
Ter comigo essa missão
Sem previsão de encontro
Pouco sabendo onde e como buscar,
O que fazer para lhe encontrar.
Dia após dia me preparo,
Me limpo, me conserto
Para melhor lhe receber quando vieres
E você? Será que estais nessa?
Será que sofres por minha falta?
Será que sou importante para ti como és para mim
Mesmo antes de nos conhecermos... Reconhecermos?
Que falta sinto de teu carinho,
De teu calor, tua nudez
Teu cheiro talvez desconhecido
Do teu amor em minha lucidez
Meu amor, juntos poderemos tanto...
Faremos tanto um com o outro,
Um para o outro...
Para nós e para si...
Com o auxílio um do outro.
Coisas das quais não sei
E sequer ouso imaginar
É esperar, procurar
E só saber ao vivenciar.
Ah, minha querida
Quanto desejo lhe amar assim;
De homem para mulher...
Pura e selvagemente,
Consciente e instintivamente.
Amor além de amizade
Além do que já pude conhecer
Como desejo lhe ver
Trocar ideias contigo
Que desejo de você
Talvez até maior que minha solidão
Tão grande que todo dia lembro de ti
Que escrevo para você
Sem ao menos saber ao certo...
Quem és?