quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Excisão

Adeus, amigo de rolés insanos...
Amigo das noitadas barulhentas,
Das meninas oferecidas, ou nem tanto...
Adeus amigo da caminhada anestesiada.
Amigo, adeus, amigo...
Amigo de tora pós tora seguida de tora
Do tempo perdido, do desperdício...
Adeus meu amigo das histórias
De quando saíamos escondidos
Sem rumo, sem sentido... Sem prudência.
Sem muita fidelidade,
Pecando na honestidade
Meu amigo perdido...
Não se sinta arrependido
Mutação acontece
Não me sinto arrependido.
Adeus, amigo do perigo
Da vida desarrumada
Da dor escondida, bem enraizada
Sentes a separação
Daquele da vida amarga
Em embalagem de doce
E aquele que ao coração afaga?
Adeus amigo das conversas mal peneiradas
Do palavreado baixo, vocabulário desregrado
Adeus amigo adorador do escuro
Disfarçado em belas cores
Adorador de lisergia
Meu amigo, já fomos avisados
Virão tons coloridos
Então adeus, amarelados.
Não era para ires? Soava-me como peso
Agora que foste, perceptível é o apego
Agora que foste, nostalgia.
Adeus, pseudo-amigo...
Adeus, pseudo-alegria.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Tempo de calor e chimarrão

Temperatura cai sutilmente
Oportunidade a valorizar...
Erva, cuia, bomba e água quente.